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Como vai o processo de (re)adaptação às "rotinas"?



O momento da (re) entrada na escola já vai ficando para trás. No entanto o processo de adaptação , esse, está longe de ter terminado. Na realidade está ainda muito no seu início. Quer se trate de uma primeira vez ou de uma reentrada na escola, este momento reveste-se sempre de características muito específicas, constituindo-se como uma etapa importante e diferente para as crianças e para os pais. Com tanto de surpreendente como de delicado. Mas não é algo súbito, que se faz de um dia para o outro, é uma construção, lenta, delicada, divertida e prazerosa para alguns, para outros mais angustiante e desafiante.

Os "primeiros passos fora do ninho" podem encerrar em si, tanto de assustador, como de empolgante, constituindo-se em oportunidades de crescimento. Algo que pode ser iniciado no primeiro período escolar e ser construído ao longo de todo o ano.


Ficam algumas propostas para as "Primeiras Lições de Voo":


Como se ensina a voar? Esta é a questão que se coloca quando queremos, com todo o carinho, que os filhos abram asas e voem com confiança. Cada família, com todas as suas especificidades e particularidades, terá o seu tempo, o seu ritmo, o seu método de fazer crescer. Por isso, não há varinhas mágicas nem respostas milagrosas. Mas podemos sempre...


1- ... lembrar-nos que a adaptação de uma criança a um novo contexto, sobretudo se implicar a separação dos pais como é o caso da entrada na escola, é um processo. O chamado "período de adaptação" não se resume, na maioria das vezes, a poucos dias ou a uma semana; é, de fato, um processo, que pode durar vários meses ou até todo o primeiro ano escolar e ser, mais ou menos difícil conforme as características de cada criança e de cada família.


2... ter presente que a adaptação também se baseia na construção de novas relações de confiança, e como acontece com todas as relações de confiança, estas também levarão o seu tempo a ser construídas, pelo que dificilmente se poderá dizer que a adaptação estará completa numa semana ou num curto espaço de tempo. Ou seja, mais uma vez, leva tempo.


3... ter em conta a importância do "colo" e do "mimo" para a construção de uma segurança crescente; da importância da firmeza e da segurança junto do nosso filho, equilibrados com oportunidades para crescer; de dar a mão até que, sozinho e com um sorriso, a criança se solte dos nossos braços (onde, aliás, estará para sempre) e avance, segura, na exploração do mundo.


4... pelo que é importante não "escurecermos" o mundo de medo, do medo que é dos pais e não é dos filhos, sobretudo do medo paralisante; das preocupações que têm a ver com um entendimento do mundo da perspetiva do adulto e que não tem de ser o da criança; a par dos obstáculos também nós encontrámos, porventura, algum prazer no percurso... Ainda que acompanhados pelos pais, este caminho, este "novo trajeto de voo" é dos filhos, pertence-lhes. Deixemos que o construam.


5... recordar que é normal ter medo. Os filhos terem medo e os pais terem medo. Mas que o tornemos, na nossa força consciente, num medo mobilizador, que leva pais e filhos a quererem ser, não perfeitos, mas o melhor que puderem e souberem ser. E que possa permitir, sempre que necessário, a procura do apoio e da ajuda.



Fica o desejo um excelente (re)início!


foto: Sharon McCutcheon



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