PREMISSAS FUNDAMENTAIS DA NOSSA CONSULTA DE SONO E ROTINAS DO BEBÉ
Dentro do modo de agir que nos caracteriza enquanto Clínica, também a intervenção ao nível do sono e rotinas do bebé tem como aspecto fundamental a pessoa, o indivíduo como um todo, com todas as suas características, potencialidades, no seio das suas relações. Sempre tendo em conta a experiência prática, o contacto com pais e bebés e as vivências que daí advêm, bem como a investigação científica que, felizmente, vai surgindo cada vez mais nesta área (ver artigo em baixo)
Assim, a nossa intervenção no contexto da consulta de rotinas e sono do bebé tem como aspetos fundamentais:
-
o respeito pelo bebé, suas características e ritmo de desenvolvimento; e pelos pais e seu estilo relacional: o essencial é descobrir o que é importante e saudável para cada família e não simplesmente “fazer um bebé dormir mais horas” quando não está preparado para isso ou simplesmente “porque dá jeito”;
-
baseia-se na relação e a inclusão do sono (e suas dificuldades) no contexto geral da vida da família, numa perspectiva biopsicosocial: é impossível encontrar um ritmo de sono saudável sem ter em conta outros aspectos do dia a dia do bebé e sua família, como o choro, a alimentação, os momentos de interação e a relação de vinculação, a dinâmica familiar, entre outros - “Cry-fuss and sleep problems emerge out of the complex and dynamic system of the mother and infant and often cannot be traced back linearly to any single causative factor” (Douglas & Hill, 2013)
-
assenta numa abordagem multidimensional, que tem como pilar fundamental a relação e o bem estar emocional: inclui construção conjunta e partilha de estratégias relacionais orientadas, mas sempre contextualizadas numa intervenção dirigida à relação, sobretudo até aos 6 meses do bebé (como evidenciado pela investigação actual, que aponta para a ineficácia de intervenções de orientação meramente comportamentais até aos 6 meses – ver artigo em baixo);
-
promove a autonomia e segurança parentais, pois acredita na capacidade de cada mãe/pai de, ajudados e orientados, poderem originar eles próprios as mudanças que se afigurem necessárias – por isso não é o técnico que vai a casa implementar medidas ou mudanças, funcionando antes como um orientador e ajudando os pais a descobrirem as suas próprias competências: está comprovado cientificamente que as mudanças implementadas pelos próprios pais são mais eficazes e duradouras, contribuindo para a sua auto-confiança, base importantíssima para o desenvolvimento do bebé (Douglas & Hill, 2013);
-
o técnico responsável pela consulta tem experiência, formação profissional e em investigação extensas na área da psicologia e do desenvolvimento e saúde materno-infantil, só assim sendo possível contextualizar e adaptar a intervenção de forma pertinente e eficaz.
Para informações e marcações:
Ver o artigo: